Trump pede que Turquia liberte pastor acusado de “terrorismo”
“Sou mais espião que ele”, provocou o presidente americano no Twitter
“Sou mais espião que ele”, provocou o presidente americano no Twitter
Visual News Noticias
O presidente americano Donald Trump expressou seu apoio ao pastor Andrew Brunson, de 50 anos, que está preso na Turquia, acusado de atividades “terroristas” e espionagem. O julgamento do líder religioso teve início nesta segunda-feira.
Líder de igreja evangélica na cidade de Izmir, antiga Esmirna, Brunson foi detido em outubro de 2016 e, caso seja condenado, poderá pegar até 35 anos de prisão. Um tribunal turco não autorizou que ele responda em liberdade, sob o argumento de que existiria risco de fuga do réu.
Pelo Twitter, Trump se manifestou sobre a situação, mostrando que está ciente das implicações. “Pastor Andrew Brunson, um cavalheiro e líder cristão nos Estados Unidos, está sendo julgado e processado na Turquia sem motivo. Eles dizem que ele é espião, mas eu sou mais espião do que ele. Espero que deixem-no voltar para casa para sua linda família, a qual ele pertence”, escreveu.
Brunson vive na Turquia há mais de duas década. Ele pastoreava a pequena Igreja da Ressurreição em Izmir, a terceira maior cidade do país.
Este é apenas um dos casos que estremeceu as relações entre Ancara e Washington. A principal dificuldade é a situação dos curdos na Síria. Para o presidente Tayyp Erdogan, o Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK) é uma organização terrorista. Até recentemente, os Estados Unidos ajudavam financeiramente as milícias curdas.
Desde o fracassado golpe ocorrido na Turquia, em 2016, o movimento do pregador muçulmano Fethullah Gulen, exilado nos EUA, é acusado de ser responsável pelas ações que quase resultaram na queda de Erdogan.
Enquanto Washington pede a liberação de Brunson, Erdogan insiste na extradição de Gulen. Nenhuma prova concreta foi oferecida no caso do pastor, que fazia um trabalho de evangelização entre muçulmanos, o que é proibido pela lei religiosa sharia. Esse seria o “terrorismo” praticado por ele.
O Departamento de Estado americano afirma não ver “evidência plausível” de culpa de Brunson. “Não fiz nada contra a Turquia. Pelo contrário, amo a Turquia, oro por este país há 25 anos”, declarou o pastor durante a audiência. Respondendo às acusações de espionagem por propósitos políticos e militares, o pastor disse que “seria um insulto à minha religião. Sou cristão, não me juntaria a um movimento islâmico [rede de Gülen]”.
Washington acredita que a detenção do pastor foi para forçar uma tentativa de “troca de presos. Em setembro de 2017, Erdogan afirmou que seu país poderia libertar Brunson em troca de Fethullah Gülen. “Os americanos nos dizem: ‘Deem-nos o pastor’. Mas vocês também têm um religioso [Gülen]. Entreguem-no e julgaremos [Brunson] e o devolveremos”. Com informações Reuters
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